segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

DO MA(L)OME(NOS)

Tive uma ideia para acabar com toda esta confusão em torno das caricaturas de Maomé. As próximas linhas, graças a uma avançada técnica de tradução, apareceram escritas no idioma correcto de quem observar esta página.

Breve esclarecimento:

Meus amigos e respeitáveis cidadãos do mundo, creio que o propósito dos desenhadores em causa não foi bem interpretado por vós. O que o desenhador pretendia com aquele boneco de Maomé com o turbante em forma de bomba não era difamar ou denegrir as mui nobres causas a que vos entregais. Não era acusar vossas excelências de terrorismo, de carnificina, de vandalismo barato, de bombismo inqualificável. O propósito era enaltecer essa grande demanda a que vos entregais pela fé. A culpa será também do editor, provavelmente, que omitiu, lamentavelmente, parte do desenho, por opção de espaço. Afianço-lhes que, no original, Maomé e o seu turbande explosivo se encontravam num autocarro cheio de infieis que rapidamente iriam pelos ares. O desenho pretendia, isso sim, levar ao mundo uma nova mensagem, espalhar as vossas nobres acções em nome de Maomé. Porque terrorismo, carnificina, vandalismo barato e bombismo inqualificável não é algo de que ninguém se orgulhe. Não, nada disso. A vossa causa, senhores, é muito mais nobre. Trata-se de uma grande demanda, trata-se de terrorismo, carnificina, vandalismo barato e bombismo inqualificável em nome da fé, que é uma coisa totalmente diferente. Pedimos desculpa pelo incómodo.
Mais informamos que o editor em causa já foi mandado implodir.
Mais uma vez as nossas desculpas.

Neste momento o sistema de tradução foi desligado. É por isso que aproveito para acrescentar:
Se Maomé foi ou não à montanha, isso não sei. Mas acho provavel que sim. Na montanha há minas, nas minas há dinamite e engenheiros geológicos, que, como todos sabem, estão autorizados, pelo próprio curso, a manusear explosivos e pirotecnia. Acho que acabamos de descobrir a verdadeira mais velha profissão do mundo: o Pai dos Mandamentos era mineiro! (resta saber se os mandamentos a que se referem os textos sagrados eram realmente os mandamentos do Senhor ou os "mandamentos pelos ares")

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