sexta-feira, 22 de outubro de 2004

o meu clube

Imaginem o seguinte:

Um clube de futebol, com o melhor estádio do mundo, quer em condições para o publico assistir ao espectáculo quer em condições para a prática do futebol.

Os jogadores utilizam o equipamento da mais alta tecnologia, quer nos treinos (ginásio, maquinas de recuperação, sauna, massagens, piscinas) quer nas partidas (camisolas, calções, meias, caneleiras, chuteiras.)

A maioria dos jogadores é contratada por valores mensais irrisórios e por isso a equipa é formada, basicamente, por jogadores sem qualidade.

A equipa não ganha jogos.

O dono do clube grita, barafusta, dá murros na mesa, e diz: ‘Caramba dou tudo do melhor a estes tipos, têm tudo o que é utilizado nos maiores clubes de todo o mundo e estes tipos não ganham um jogo sequer. Vivo rodeado da incompetência de onde emerge a única cabeça capaz que sou eu’

O dono do clube, o dono da incompetência, não percebe que o problema é ele próprio e a forma como gere o clube. Devia investir na única coisa que é capaz de trazer bons resultados à equipa: bons jogadores.


O que mais me lixa é que trabalho numa empresa que é o espelho deste clube.

terça-feira, 19 de outubro de 2004

Vladimir Putin

Vladimir Putin proferiu esta semana a seguinte declaração: "Se eu fosse americano, votaria no presidente George W. Bush".

Das duas uma: Ou bateu violentamente com a cabeça na parede ou, ao contrário, continua a nadar na esperança de ver rebentar com os Estados Unidos da América.
(Sendo que nenhum dos casos se me afigura verdadeiramente preocupante!)

Jorge Dâblio Arbusto

Discurso aos Portuguêses(*)

"Portuguêsas, portugueses, José Castelo Branco e todas as pessoas em geral... É altura de deixar as minhas políticas devidamente enclarecidas!
Se aqui estou, não é para arranjar de forma alguma bodes respiratórios, até porque a minha posição não é boa nem má, antes pelo contrário!
Não acusem, portanto, as minhas políticas de serem facas de dois legumes!
Se há coisas que já deveria ter confessado e ainda não o fiz foi porque não as quiz dizer de enxofre ao povo português. É escusado provocar enfardos cardíacos e colapsos cerebrais às pessoas com as condições do seu país. Seria uma atitude desprovida de qualquer anexo.
Foi por essa razão que os orgãos políticos, comigo reunidos, me sucumbiram de vir aqui prestar declarações. E prestadas que estão as declarações, me retiro e à estrada me faço."

Out of records: "Por acaso esta estrada aqui agora é uma autêntica pístula até ao aeroporto. Só ali à saida é quem tem um bocado de estripulação que me dá cabo da chapelaria do BMM.
Enfim, talvez compre um Chip, daqueles todo o terreno. Ou um Sururu Imprensa, daqueles com jantes cremadas, que sempre é mais alto.
Bom, e agora vou-me embora que tenho voo marcado para o Bosingwa. Ainda por cima faz escala na Malária e se perco este depois não há seguimento."


(*)Este discurso, aqui copiado na integra, não foi vez alguma lido em directo ou em diferido, por pessoa alguma, para televisão alguma, rádio, jornal, boletim ou espelho de casa de banho.
Na verdade, nunca foi sequer escrito. Mas poderia te sido.
De facto, se se tivesse dado a casualidade de George W. Bush ser português e a infeliz casualidade de chegar a Presidente da República, o discurso acima enunciado teria toda a probabilidade de ter sido proferido.


Raios me partam! Que pensamento assustador este...