terça-feira, 13 de julho de 2004

A linha que limita os contrários é fina como um fio de cabelo

Comprei num supermercado um vaso com uma bonita planta cheia de pequenas flores cor de rosa avermelhado. Eu estava muito orgulhoso da escolha feita depois de ter comparado uns vinte vasos iguais. Aquele era o vaso mais bonito, a planta mais bonita, as flores mais bonitas e até o papel que embrulhava o meu vaso me pareceu o menos amarrotado que qualquer um dos outros. Estava feliz e orgulhoso da minha escolha. Estava certo que a Tamara, a minha amiga a quem ia dar este presente, ficaria muito feliz tambem.

Quando me dirigia para a caixa cruzaram-se comigo duas senhoras. Uma delas parou, olhou para a minha planta e disse para a outra: é verdade, não me posso esquecer de comprar alfaces.


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